O presente artigo se ocupa do problema funcional da consciência referente às questões do porquê a consciência evoluiu e se é relevante para os organismos. A hipótese defendida é que a consciência tem a função comunicativa capaz de recrutar a memória de trabalho, especialmente, os seus subcomponentes especialistas em linguagem, e o sistema cognitivo-computacional, que tem, em seu núcleo, uma estrutura sintática para codificar simbolicamente a informação implícita no organismo. Aos organismos que possuem esses recursos, foi conferida uma vantagem adaptativa, (...) uma vez que tais organismos vivem numa organização socialmente interdependente e, assim, puderam comunicar aos outros organismos, com mais complexidade e precisão do que a comunicação comportamental não simbólica, os seus estados internos e implícitos, tais como o estado dos seus corpos, as suas intenções, os seus planos, e as características do ambiente. A metodologia possui duas fases: primeiro, uma abordagem teórico-conceitual, com base em variados modelos explicativos teórico-experimentais, na qual foram comparadas diferentes definições teórico-conceituais para a origem da consciência. Depois, modelos filogenéticos de estudos comparativos forneceram insights válidos sobre a consciência em animais humanos e não-humanos. Assim, o objetivo geral aqui consiste em postular uma definição conceitual de consciência. Os resultados sugeriram quais as condições necessárias para a emergência da consciência no tocante à memória de trabalho, atenção, representações de alta-ordem e linguagem. Concluiu-se que a pesquisa está em uma fase de brainstorming. Nessa fase, a hipótese é avaliada criticamente e submetida a testes de aproximação com diferentes modelos. Se for bem-sucedida, ela poderá ser aplicada experimentalmente no futuro. (shrink)

A 4ª Revolução Industrial é o culminar da era digital. Atualmente, tecnologias como robótica, nanotecnologia, genética e inteligência artificial prometem transformar nosso mundo e a maneira como vivemos. O campo da Segurança e da Ética da Inteligência Artificial são áreas de pesquisa emergentes que vêm ganhando popularidade nos últimos anos. Diversas organizações de cunho privado, público e não governamentais têm publicado diretrizes propondo princípios éticos para a regulamentação do uso e desenvolvimento de sistemas inteligentes autônomos. Meta-análises do campo de pesquisa (...) em Ética da IA apontam uma convergência sobre certos princípios éticos que, supostamente, governam a indústria da IA. Entretanto, pouco se sabe sobre a eficiência desta forma de “Ética”. Neste estudo, gostaríamos de realizar uma análise crítica do atual estado da Ética da IA, e sugerir que essa forma de governança baseada em diretrizes éticas principialista não é suficiente para normatizar a indústria da IA e seus desenvolvedores. Acreditamos que drásticas mudanças sejam necessárias, tanto nos processos de formação de profissionais das áreas ligadas ao desenvolvimento de software e sistemas inteligentes quanto no aumento da regulamentação desses profissionais e sua indústria. Para tanto, sugerimos que o Direito se beneficie das contribuições recentes da Bioética, de forma a explicitar em termos legais as contribuições da Ética da IA para a governança. (shrink)

A relevância de dialogar um estudo teórico internacional dos EUA com o estudo empírico nacional do Brasil sobre as análises conceituais, pesquisas futuras e estratégias inclusivas aos grupos com distintos marcadores sociais das diferenças com suas relações étnico-raciais, interseccionais e de deficiências. Foram discutidos durante o período das aulas presenciais através de uma disciplina eletiva da pós-graduação stricto sensu em educação na Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC) ministrada por duas Professoras Doutoras Geisa Bock e Raquel Fröhlich. Realizou-se as discussões (...) com esperança de que é possível realizar pesquisas futuras quando obtém o olhar minucioso sobre as necessidades especiais dos grupos vulneráreis para progresso educacional. O artigo incentiva as conscientizações dos pesquisadores e profissionais da educação com as notas críticas internacionais e as inspirações de práticas colaborativas em suas pesquisas futuras, contribuindo para a constância do debate em face dos propósitos de equidade social perante os princípios da Educação Inclusiva. (shrink)

A soberania é um conceito cuja definição remete para o absoluto e o incondicionado, pese embora a sua génese se situar na modernidade, o que significa ter de se prescindir, na sua formulação, de qualquer recurso de natureza transcendente, como os que serviam de lastro à legitimação do poder nas concepções antiga e medieval. É objectivo do presente artigo analisar este paradoxo, sempre presente no Estado contemporâneo, evidenciando, a partir dos escritos de Fernando Gil sobre o tema, o modo (...) como a soberania alberga em simultâneo duas dimensões conceptuais que são antagónicas e, no entanto, inalienáveis. (shrink)

Do orador ao mestre: concepções romanas da linguagem -- Consciência e linguagem: acerca da crítica linguística do sujeito na primeira metade do século XX -- Hegel, Escher, Borges: figuras e conceitos da reflexão -- Pensar e refletir: sobre o modelo reflexivo do pensar em Kant e Heidegger -- Fernando Pessoa e a consciência infeliz -- Fernando Pessoa: aproximação dialética e fenomenológica -- Negatividade e saber absoluto na Teoria do ser e da verdade de José Marinho -- Eudoro de (...) Sousa e a mitologia -- Filosofia da arquitetura e do espaço: aproximações histórico-conceptuais ao modernismo -- Sobre os pressupostos e consequências da crítica ao relativismo nos Prolegómenos à lógica pura de Husserl -- A epoché da modernidade: A crise das ciências europeias de Husserl. (shrink)

The Literature of Personalists of early Buddhism. Bhikshu Thích Thien Châu. Vietnam Buddhist Research Institute, Ho Chí Minh City 1996. xii, 241 pp. Motilal Banarsidass, Delhi 1999. xiv, 242 pp. Rs 295. ISBN 81-208-1622-6.

Conservativity in generalized quantifiers is linked to presupposition filtering, under a propositions-as-types analysis extended with dependent quantifiers. That analysis is underpinned by modeltheoretically interpretable proofs which inhabit propositions they prove, thereby providing objects for quantification and hooks for anaphora.

The work of Rainer Forst constitutes the third generation of the Habermasian School. In Das Recht auf Rechtfertigung [The right to justification] (2007) Forst develops a constructivist approach to justice in a serious effort to find a systematic basis for ‘critical theory’. In this article the relevant arguments of this approach are critically analysed. The position developed in the work of Forst appears to be characterized by a fundamental ambiguity because it oscillates between two irreconcilable points. On the one hand (...) Forst seems to admit the necessity of something like the ‘unconditionality of moral law’ presupposing a kind of Kantian transcendentalism beyond constructivism. But on the other hand, he turns back to a more Habermasian constructivist or proceduralist theory. The ambiguity implicit in Forst’s philosophy is that it does not find a compromise between these two approaches to discursive theory so it fluctuates between them, needing the logical support of both poles. (shrink)

are considered with a view toward analyzing operational semantics from the perspective of predicate logic. The notion of a bisimulation is employed in two distinct ways: (i) as an extensional notion of equivalence on programs (or processes) generalizing input/output equivalence (at a cost exceeding II' ,over certain transition predicates computable in log space). and (ii) as a tool for analyzing the dependence of transitions on data (which can be shown to be elementary or nonelementary. depending on the formulation of the (...) transitions). (shrink)

O texto faz uma reflexão teórica a partir de Benjamin, Arendt, Foucault e Agamben. Em um primeiro momento faz-se uma análise da assertiva benjamineana de que “tornamo-nos muito pobres de experiências liminares”. Em seguida associamos essa idéia de “aniquilamento das transições” à idéia de homogeneidade e efemeridade da experiência urbana contemporânea. A partir desse ponto o texto articula essa homogeneidade com uma idéia de empobrecimento da esfera do comum, ou seja, do político, em prol de uma “gestão de necessidades”: a (...) gestão como sucedânea do político, que se refletiria na produção contemporânea do espaço e na “construção do comum”. (shrink)

The Yale Shooting Problem introduced by Steve Hanks & Drew McDermott (1987) is a well-known test case of non-monotonic temporal reasoning. There is a sequence of situations. In the initial situation a gun is not loaded and the target is alive. In the next situation the gun is loaded. Eventually, a shot is fired, perhaps with fatal consequences. In this scenario there are two "fluents", alive and loaded, and two actions, load and shoot. Being loaded and being alive are inert (...) propositions in the sense that if they are true at a given moment, they will be true at the next moment unless some action such as.. (shrink)

RESUMEN Para Hegel, el rendimiento supremo del pensamiento consiste en hallar un terreno en el cual se pongan en evidencia las dimensiones primarias de la realidad. Por esta vía consigue desarrollar uno de sus planteamientos más interesantes en la Ciencia de la lógica, a saber, el concepto de realidad efectiva. Este artículo elabora esa visión de la realidad comentando cuidadosamente lo que Hegel desarrolla allí. Al final muestra que la realidad absoluta es a la vez diferenciación en multiplicidades existentes e (...) inversión de esa contingencia en absoluta necesidad, es decir, se pone como contingente para recuperarse a sí misma en la necesidad. ABSTRACT For Hegel, the supreme performance of thought consists in finding a terrain in which the primary dimensions of reality become evident. In this way, he develops one of his most interesting approaches in the Science of Logic, namely, effective reality. This article elaborates this view of reality by carefully commenting on what Hegel develops therein. At the end, he shows that absolute reality is both differentiation into existing multiplicities and inversion of that contingency into absolute necessity, i.e., it sets itself as contingent in order to recover itself in necessity. (shrink)

This article deals with the relation between a theory of law and a theory of legal reasoning. Starting from a close reading of Chapter VII of H. L. A. Hart's The Concept of Law, it claims that a theory of law like Hart's requires a particular theory of legal reasoning, or at least a theory of legal reasoning with some particular characteristics. It then goes on to say that any theory of legal reasoning that satisfies those requirements is highly implausible, (...) and tries to show that this is the reason why not only Hart, but also writers like Neil MacCormick and Joseph Raz have failed to offer a theory of legal reasoning that is compatible with legal positivism as a theory of law. They have faced a choice between an explanation of legal reasoning that is incompatible with the core of legal positivism or else strangely sceptical, insofar as it severs the link between general rules and particular decisions that purport to apply them. (shrink)

vol. 1. Entre filosofia e poesia, a questão semântica.

Se revisan varios libros publicados recientemente que corresponderían al campo de la epistemología política. Sus autores pertenecen a tradiciones tan distintas como los Estudios sobre la Ciencia, Sociologíael Conocimiento, Epistemología, Filosofía de la Ciencia o Economía. La convergencia en este tema es el dato más significativo, habida cuenta de las bien conocidas controversias contemporáneas sobre la ciencia.El núcleo central de los trabajos es la relación entre ciencia y democracia.

Finite-state methods are applied to determine the consequences of events, represented as strings of sets of fluents. Developed to flesh out events used in natural language semantics, the approach supports reasoning about action in AI, including the frame problem and inertia. Representational and inferential aspects of the approach are explored, centering on conciseness of language, context update and constraint application with bias.

Inertia is enshrined in Newton’s first law of motion, a body at rest or in uniform motion remains in that state unless a force is applied to it. Now, consider (1). (1) Pat stopped the car before it hit the tree. Can we conclude from (1) that the car struck the tree? Not without further information such as that supplied in (2). (2) But the bus behind kept going. A post-condition for Pat stopping the car is that the car be (...) at rest. To satisfy a pre-condition for the car hitting the tree (namely, that the car not be at rest), inertia requires that some intervening force act on the car (as hinted, for example, by (2)). In the absence of such a force, (1) would appear to suggest that Pat prevented a collision between car and tree. Exactly what bit of physics are we importing into natural language interpretation here? Oversimplified, Newton’s first law of motion says: no change without force. Identifying force with cause, we come to the slogan no temporality without cause, capturing in a phrase the proposal from Steedman 2000 that.. (shrink)

The “surge in use of finite-state methods” ([10]) in computational linguistics has largely, if not completely, left semantics untouched. The present paper is directed towards correcting this situation. Techniques explained in [1] are applied to a fragment of temporal semantics through an approach we call finite-state temporality. This proceeds from the intuition of an event as “a series of snapshots” ([15]; see also [12]), equating snapshots with symbols that collectively form our alphabet. A sequence of snapshots then becomes a string (...) over that alphabet, evoking comic/film strips. Jackendoff has, among others, objected to conceptualizing events in terms of snapshots ([8]). To counter these objections, we step up from events-as-strings to event-typesas-regular languages ([5, 6]), recognizing the need for variable granularity. Beyond the introduction of disjunction implicit in the step from a single string up to a set of strings, we obtain a useful logic from the regular operations and a careful choice of the snapshots (constituting our alphabet). (shrink)

Reichenbach's event, reference and speech times are interpreted semantically by stringing and superposing sets of temporal formulae, structured within regular languages. Notions of continuation branches and of inertia, bound (in a precise sense) by reference time, are developed and applied to the progressive and the perfect.

Finite-state descriptions for temporal semantics are outlined through which to distinguish soft inferences reflecting manners of conceptualization from more robust semantic entailments defined over models. Just what descriptions are built (before being interpreted model-theoretically) and how they are grounded in models of reality explain (upon examination) why some inferences are soft.

Anankastic conditionals are analyzed in terms of events conceived as sequences of snapshots – roughly, comics. Quantification is applied not to worlds (sets of which are customarily identified with propositions) but to strings that record observations of actions. The account generalizes to other types of conditionals, sidestepping certain well-known problems that beset possible worlds treatments, such as logical omniscience and irrelevance. A refinement for anankastic conditionals is considered, incorporating action relations.

Schubert’s proposal ([Sch00]) that sentences not only describe but also characterize situations is worked out in the context of Linear Temporal Logic (LTL), a well-known propositional logic with linear future operators (e.g. [HR04]). The resulting formalism LTL∗∗ illustrates an approach that diverges from Schubert’s FOL∗∗ in technical details but shares many (if not all) its motivations.